À DERIVA

Pulsa em mim um mundo obscuro, obsoleto, nublado...
Busco, então, um lugar de prumo, coeso, organizado.
Navego a esmo por lugares inauditos,
Nada encontro... são supostos caminhos malditos!
Labirinto de escolhas, de opções, de desacordos...
Faço de mim um mar de absurdos.
E o mundo acorda para as cores do tempo.
É um arco-íris! Cinzas, azuis, amarelos; forte vento
Dispersa meu pensamento
E encontra as curvas da imaginação
Navego, então, por mares nunca dantes navegados...
São imagens saudosas de tempos idos?
São as opções de minha vida?
Esse é outro link: caminho futuro.
Navego em meio ao limbo...
Minhas escolhas são infinitas,
No entanto sinto o pulsar do agora
Buscando-me de hora em hora
A pedir que não demore
Pra pulsar em minha veia
As linhas turvas da vida
E deixar que a ferida
Não se torne uma carcomida
E de todas a mais feia...

MARIA ROSALINA
Professora Formadora de Língua Portuguesa
Cefapro/Pontes e Lacerda-MT